Guia para Experiências de Mapeamento Comunitário

Antecedentes
A criação participativa de mapas começou no final do ano de 1980. Naquela época, os profissionais de desenvolvimento estavam inclinados a usar métodos do Diagnostico Rural Participativo (DRP), como o esboço cartográfico, em vez do mapeamento de escala, que é mais complexo e demorado. Nesse então, o controle estatal das fotografias aéreas, imagens de satélite e mapas topográficos em grande escala, sob o pretexto de preocupação com a segurança nacional, dificultava as atividades de mapeamento comunitário.

A situação dos casos de mapeamento mudou na década de 1990, com a difusão das modernas tecnologias de informação, incluindo sistemas de informação geográfica (SIG), sistemas de posicionamento global (GPS), software de análise de imagem de sensoriamento remoto e livre acesso aos dados geográficos e a imagens via Internet.

Na abordagem histórica da trajetória brasileira, a análise das experiências participativas de mapeamento revela, por certo, apropriações muito distintas desta prática. Três experiências originais, em certa medida “paradigmáticas”, inauguraram o mapeamento comunitário no Brasil: os mapeamentos que precederam e deram base à instituição formal da figura das reservas extrativistas; o conjunto de iniciativas conhecidas como “Guerra dos Mapas”, cujo pressuposto fundamental foi o de contribuir para a afirmação territorial de grupos sociais atingidos pelo Projeto Grande Carajás; e o Projeto Mamirauá, calcado em um envolvimento das comunidades da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá para fins de manejo e preservação da biodiversidade.

As experiências de mapeamento comunitário e cartografia social mostram que novas questões são postas em jogo nas disputas cartográficas que concorrem para territorializar as descrições espaciais. Quando redes de organizações e agências recorrem ao conhecimento local sobre o sistema de relações pelo qual o espaço é usualmente produzido, tais iniciativas podem tanto servir a estratégias de reprodução de condições de dominação, como podem servir a construir direitos territoriais e instabilizar a dominação.

Fundamentação do Guia para Experiências de Mapeamento

O Guia de experiências de mapeamento tem por objetivo apresentar às comunidades um conjunto de ferramentas para a produção, uso e comunicação de informações territoriais de forma georreferenciada.

A difusão do uso do Guia propõe-se a propiciar que as comunidades tradicionais produzam a representação geográfica, a documentação e os meios de comunicação dos conhecimentos que dispõem sobre seus territórios. Esta experiência deve desenvolver-se sob o controle das próprias comunidades, permitindo-lhes o diálogo com atores externos para a defesa e a reivindicação dos seus direitos.

Público-Alvo

Além das comunidades interessadas, o público alvo deste Guia para experiências de mapeamento inclui suas assessorias técnicas e jurídicas.

Módulos do guia

Unidade 01Introdução à Prática de Sistemas Participativos de Informação Geográfica (SPIG)

Introdução
Essa apostila introduz os conceitos básicos da prática dos Sistemas Participativos de Informação Geográfica (SPIG).

Em muitos países, os povos e comunidadestradicionais não estão de fato envolvidos no diálogo político efetivo sobre questões relativas aos territórios que usam, dirigem e ocupam.

A adoção e utilização das tecnologias de informação geográfica baseadas na comunidade, combinadas com uma rede de comunicação eficaz (ou seja, a prática SPIG) pode ter um impacto positivo sobre o fortalecimento e coesão da comunidade, inovação e mudança social. Definir as bases para a proteção de informação culturalmente sensível de desvios externos e exploração começa dando a seus guardiões tradicionais o controle sobre seu acesso e utilização.

A produção, georreferenciamento e visualização do conhecimento territorial local busca auxiliar as comunidades a dialogarem de igual para igual, a fazer chegar suas aspirações e preocupações até as autoridades e a lidar com as forças econômicas.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – PERSPECTIVA HISTÓRICA

3 – SOBRE A PRÁTICA SPIG

4 – COMUNICAÇÃO COMO UM INGREDIENTE BÁSICO

5 – CONTEXTOS

6 – CONSTRUÇÃO A PARTIR DO CONHECIMENTO TERRITORIAL NATIVO

7 – A IMPORTÂNCIA DA PARTICIPAÇÃO

8 – FERRAMENTAS, MÉTODOS E TECNOLOGIAS NA PRÁTICA

9 – UMA SÉRIE DE IMPLICAÇÕES

Componentes da Unidade

 Introdução à prática de Sistemas Participativos de Informação Geográfica (SPIG)

Unidade 02 – Introdução ao Guia para Experiências de Mapeamento em “Gestão e Comunicação da Informação Geográfica”
Introdução
Este guia está dirigido às comunidades que voluntariamente decidam usar o mapeamento e suas diferentes ferramentas em processos de manejo de seus territórios ou de reivindicação de direitos. As comunidades mapearem seus territórios é uma opção que elas podem seguir nos casos em que o considerem útil após discussão e deliberação coletivas.

Algumas das ferramentas do mapeamento apresentadas neste Guia podem requerer a assessoria de especialistas externos. Caberá à própria comunidade decidir quais ferramentas utilizará por sua própria conta e quais serão utilizadas com o apoio de técnicos externos por elas convidados.

Índice
1 – INTRODUÇÃO

2 – ANTECEDENTES

3 – FUNDAMENTAÇÃO DO GUIA PARA EXPERIÊNCIAS DE MAPEAMENTO

4 – PÚBLICO-ALVO

5 – COPYRIGHT

5.1 – Licenciamento do Kit de Treinamento e de Obra Derivada

5.2 – Como citar o Kit de Treinamento e seu conteúdo

Componentes da Unidade

 Introdução ao Guia para Experiências de Mapeamento em “Gestão e Comunicação da Informação Geográfica”

Introdução

O presente Guia foi pensado como um instrumento das próprias comunidades. A intenção que o orienta é a de auxiliar estas comunidades em suas experiências de mapeamento por livre decisão de seus membros. É possível, porém que as comunidades sejam procuradas por organizações da sociedade que procurem estimulá-las a fazer mapeamentos. Nestes casos do surgimento de estímulos externos à própria comunidade é importante que, caso elas decidam fazer o mapeamento, elas o façam através do que é chamado de Consentimento Informado, Livre e Prévio.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – UMA INTRODUÇÃO AO CONCEITO DE “CONSENTIMENTO INFORMADO, LIVRE E PRÉVIO”

3 – ANTECEDENTES

4 – DEFINIÇÕES E PROBLEMAS OPERACIONAIS

5 – OUTROS DESAFIOS

6 – OS RISCOS E AS CONSEQUÊNCIAS NÃO INTENCIONAIS

Componentes da Unidade

 Consentimento Informado, Livre, Prévio e Escrito

Introdução

Antes de entrar no conceito de participação, gostaríamos de partilhar uma perspectiva de quem é o sujeito do mapeamento comunitário. Como percebemos quem são as pessoas que formam os grupos que participam efetivamente da elaboração dos mapas, isto é, que partilham do contexto social na qual as situações mapeadas se referem.

Não visamos com isso identificar situações modelo, ou afirmar tipologias, mas sim propiciar condições efetivas para que as pessoas que estão a frente destes processos de mapeamento possam aprofundar a compreensão de alguns conceitos que se fazem presentes.

Por fim, compartilhamos a perspectiva que os processos de mapeamento estão inseridos em contextos sociais que envolvem hierarquias de poder, na qual se fazem presentes não só as pessoas que fazem parte dos grupos, como também os eventuais assessores e outros agentes que se inserem no processo de mapeamento.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – AGENTES SOCIAIS: IDENTIDADES E MOBILIZAÇÃO

3 – PARTICIPAÇÃO

Componentes da Unidade

 Introdução à Participação

Introdução

O uso dos sistemas participativos de informação geográfica (SPIG), especialmente o mapeamento, depende de fatores externos e internos de natureza social, econômica, política e institucional, que constituem o contexto da sua prática. O contexto, tanto quanto os interesses ou objetivos do mapeamento têm que ser estabelecidos e esclarecidos de forma permanente para que o processo de SPIG seja bem sucedido enquanto esforço de democratização.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – SUCESSO NO MAPEAMENTO

3 – FATORES EXTERNOS E INTERNOS

4 – CONHECIMENTO TERRITORIAL LOCAL

5 – DIREITOS À TERRA E EXERCÍCIO DO DIREITO

Componentes da Unidade

 Fatores que Influenciam o Mapeamento Comunitário

Introdução

No processo de SPIG, como em qualquer processo de mapeamento, é importante considerar uma discussão sobre o contexto legal e político. A seguir, são apresentados alguns elementos que deveriam ser considerados neste espaço de reflexão, tais como: políticas internas e externas, instrumentos das políticas e direitos à terra. São introduzidos também os temas do uso dos SIG como estratégia política nas lutas e reivindicações de direitos, e do acesso às informações geoespaciais.

A unidade M04U02B apresenta uma coletânea de exemplos nos quais as experiências de mapeamento das comunidades têm servido para a luta por reivindicação de direitos nos seus territórios no Brasil, China e Malásia. São apresentados os contextos do mapeamento, os resultados e alguns depoimentos das comunidades.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – ACORDOS E POLÍTICAS INTERNACIONAIS

3 – DIREITOS E PRERROGATIVAS DA TERRA E DOS RECURSOS

4 – SITUAÇÃO DOS POVOS INDÍGENAS E LOCAIS

5 – RECONHECIMENTO DO MAPEAMENTO COMUNITÁRIO

6 – EXEMPLOS DE MAPEAMENTO COMUNITÁRIO

7 – ACESSO À INFORMAÇÃO GEOESPACIAL

Componentes da Unidade

 Estruturas Jurídicas e Políticas

 Alguns Casos de Mapeamento

Introdução

Os praticantes de SPIG fazem uso de uma gama de tecnologias de informação geográfica de baixa e alta tecnologia para a aquisição, validação, análise, representação e partilha de informação geoespacial. Este documento resenha os principais fatores que influenciam a escolha de um método e não outro – ou a combinação de mais de um método. Estes fatores incluem o propósito que justifica a iniciativa, os recursos disponíveis e o contexto.

A abordagem que os criadores de mapas podem querer adotar na ocasião de uma iniciativa de mapeamento pode variar significativamente. Isto dependerá do propósito desta iniciativa e do público ao qual os mapas se destinam. Os mapas podem ser feitos exclusivamente para uso interno da comunidade ou (mais comumente) podem ser usados para comunicar ou denunciar determinadas situações.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – FATORES QUE INFLUENCIAM A ESCOLHA DO MÉTODO DE MAPEAMENTO

3 – FINALIDADE

4 – RECURSOS

5 – CONTEXTO

Componentes da Unidade

 Fatores que Influenciam a Escolha do Método de Mapeamento

Introdução

A escolha de um método de mapeamento ou da combinação de métodos a ser empregada para coletar e apresentar o conhecimento territorial local é influenciada por uma série de fatores como discutido na Unidade M05U01. Métodos de mapeamento podem ser avaliados em função de cada fator usando uma série de critérios.

Certos métodos são mais adequados do que outros em algumas situações ou com determinados grupos de pessoas. Além disso, alguns métodos podem ser mais adequados para atingir os fins que os membros da comunidade pretendem alcançar por meio da iniciativa de mapeamento.

As seções e tabelas seguintes incluem a descrição de uma variedade de métodos de mapeamento (Tabelas de 1 a 10), uma indicação de seus possíveis usos e usuários, uma revisão dos objetivos que os métodos podem contribuir para alcançar, os contextos nos quais podem ser utilizados e os níveis de recursos necessários para a execução (Tabelas de 11 a 14). As tabelas podem ser usadas como uma referência durante o processo de tomada de decisão quando os membros da comunidade e suas eventuais assessorias embarcam em um novo projeto de mapeamento.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – MAPEAMENTO NO SOLO

3 – ESBOÇO CARTOGRÁFICO

4 – MAPEAMENTO TRANSVERSAL

5 – MAPEAMENTO EM ESCALA

5.1 – Desenho de Informações sobre Mapas em Escala Existentes

5.2 – Elaboração de Mapas em Escala Usando Técnicas de Topografia

6 – MODELAGEM PARTICIPATIVA 3D (MP3D)

7 – MAPEAMENTO GPS

8 – IMAGENS AÉREAS E DE SENSORIAMENTO REMOTO

9 – SISTEMAS DE INFORMAÇÃO GEOGRÁFICA (SIG) PARA A PRÁTICA SPIG

10 – MAPEAMENTO BASEADO NA INTERNET

11 – ESCOLHA DE UM MÉTODO

Componentes da Unidade

 Seleção de um Método de Mapeamento para Atender a um Propósito Específico

Introdução

Esta unidade apresenta o aluno os princípios básicos de mapeamento no solo e esboço cartográfico.

O mapeamento comunitário é um processo e uma ferramenta utilizados para transmitir o conhecimento visual geográfico. Um processo de mapeamento da comunidade pode ajudar a visualizar a distribuição dos recursos, questões e relações territoriais em nível de vilarejo. Os mapas de solo e esquemáticos são ferramentas poderosas que tornam mais fácil identificar e analisar os padrões baseados no local e comunicar os padrões de uma forma simples. Os mapas de solo e esquemáticos oferecem às comunidades locais um meio de visualizar espacialmente os seus conhecimentos e percepções que, por sua vez, estimulam o intercâmbio de informações e equalizam as oportunidades de todos os membros da comunidade participarem de processos que pode afetar sua dinâmica cultural.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – MAPEAMENTO NO SOLO E ESBOÇO CARTOGRÁFICO

3 – O PROCESSO

3.1 – Definição do contexto de mapeamento e questões da comunidade

3.2 – Preparação técnica e logística

3.3 – Confecção do mapa

3.4 – Análise do mapa mental

3.5 – Percurso transversal

4 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES

Componentes da Unidade

 Introdução ao Mapeamento no Solo e Esboço Cartográfico

Introdução

Esta Unidade apresenta mapas em escala e os princípios básicos de cartografia ou desenho de mapa. Explica como os mapas são feitos, descreve os elementos básicos vistos em todos os mapas em escala e demonstra como ler mapas. As convenções padrão de mapeamento são usadas para fazer mapas em escala confiáveis e essas convenções são descritas nos princípios da cartografia.

São ensinadas ferramentas práticas, por exemplo, como medir distância usando a escala, como encontrar um local utilizando o mapa reticulado e como ler o padrão da terra nas curvas de nível de um mapa topográfico. Essas são habilidades essenciais para a confecção de mapas em escala.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – MAPAS EM ESCALA

2.1 – Cartografia

2.2 – Elementos básicos em um mapa em escala

2.3 – Os símbolos e legendas em mapas em escala

3 – TIPOS DE MAPAS

3.1 – Mapas Base

3.2 – Mapas Temáticos

4 – MAPAS TOPOGRÁFICOS

4.1 – Curvas de nível

5 – TRABALHO COM ESCALA

5.1 – Como é escrita a escala?

5.2 – Escala relativa

5.3 – Conversões de escala

6 – ORIENTAÇÃO OU DIREÇÃO EM UM MAPA

6.1 – Indicação de direção em um mapa

6.2 – Declinação magnética

7 – GRADE DE COORDENADAS

7.1 – Sistema de coordenadas geográficas

7.2 – Universal Transverse Mercator (UTM)

7.3 – Projeções e Datums

8 – VANTAGENS E LIMITAÇÕES DOS MAPAS EM ESCALA

Componentes da Unidade

 Introdução aos Mapas em Escala e à Cartografia Básica

Introdução

Essa Unidade discute o uso de mapas base georreferenciados para a elaboração de mapas de escala. Um mapa base existente fornece dados georreferenciados sobre rios, estradas e terrenos. Fazer um mapa é uma questão de personalizar o mapa base com o conhecimento local, e adicionar camadas de dados da comunidade a ele. Essa é uma maneira rápida de fazer mapas de escala – se os mapas base estão disponíveis – sem a necessidade de quaisquer ferramentas ou medidas. Isso pode ser feito em uma casa e, portanto, às vezes é chamado de “mapeamento de mesa”. Essa unidade abrange a preparação de um mapa base e os fundamentos da elaboração e da verificação dos dados da comunidade.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – MAPEAMENTO COM MAPAS BASE

3 – PREPARANDO MAPAS BASE DE PAPEL

3.1 – Selecionando e Adaptando a Escala

3.2 – Personalizando o Mapa Base

3.3 – Reproduzindo o Mapa Base

4 – DESENHANDO DADOS DA COMUNIDADE DIRETAMENTE EM MAPAS BASE

4.1 – O Processo

4.2 – A Mecânica

5 – TRANSFERINDO OS MAPAS ESQUEMÁTICOS PARA OS MAPAS BASE GEORREFERENCIADOS

6 – LEVANTAMENTO DE DADOS EM CAMPO E VERIFICAÇÃO

Componentes da Unidade

 Fazendo Mapas de Escala Utilizando Mapas Base Existentes

Introdução

Essa Unidade fala sobre como trabalhar com um mapa e uma bússola. Abrange os conceitos básicos de como utilizar uma bússola, de como usá-la com um mapa base e de como projetar e realizar uma poligonação de bússola.

Uma poligonação de bússola pode ser usada para mapear uma pequena área com precisão, ou para realizar uma poligonação aberta. Uma poligonação é frequentemente utilizada no mapeamento para inventários de recursos. Uma poligonação de bússola é demorada, por isso é um método utilizado para a confecção de mapas de escala de áreas relativamente pequenas.

É um processo passo a passo relativamente simples para medir as direções e distâncias no terreno e, em seguida, desenhá-los na escala. Este processo, portanto, oferece uma maneira prática de ver claramente e trabalhar com os elementos básicos de mapas de escala – a relação entre escala, distância e direção.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – USANDO UMA BÚSSOLA

2.1 – Sobre Bússolas

2.2 – Declinação Magnética

2.3 – Atração Local

2.4 – Encontrando uma Direção

3 – USANDO UMA BÚSSOLA COM UM MAPA

3.1 – Traçando uma Direção no Mapa

3.2 – Encontrando uma direção em um mapa

3.3 – Encontrando sua localização com a Triangulação

4 – LEVANTAMENTO OU POLIGONAÇÃO COM BÚSSOLA

4.1 – Medindo a Direção

4.2 – Medindo a Distância

4.3 – Medindo a Inclinação

4.4 – Selecionando um Ponto de Partida

4.5 – Planejando a Rota com um Mapa Esquemático

4.6 – Quais Informações Gravar

4.7 – Quatro Padrões de Poligonação

5 – CONDUZINDO UMA POLIGONAÇÃO DA BÚSSOLA

5.1 – Etapas para Fazer uma Poligonação

5.2 – Organizando a Equipe

5.3 – Gravando a Poligonação

6 – TRAÇANDO E DESENHANDO A POLIGONAÇÃO

6.1 – Convertendo a Distância de Inclinação a uma Distância Horizontal

6.2 – Escolhendo uma Escala de Mapa

6.3 – Convertendo a Distância Horizontal a uma Distância no Mapa

6.4 – Calculando o Erro

7 – PANORAMA DAS FERRAMENTAS DE PESQUISA DA BÚSSOLA

7.1 – Dispositivos para Medir Distâncias

7.2 – Dispositivos para Medir a Inclinação

7.3 – Tipos de Bússolas

Componentes da Unidade

 Levantamento com Bússola

Introdução

O Sistema de Posicionamento Global (GPS) tornou-se a ferramenta de mapeamento mais popular para o mapeamento comunitário em escala. O GPS é uma ferramenta de mapeamento extremamente sofisticada, mas muito simples de usar e relativamente acessível. O GPS envolve a utilização de um receptor portátil que recebe sinais dos satélites e calcula automaticamente a posição de um lugar de acordo com um sistema de coordenadas. Os dados de GPS estão sob a forma de coordenadas que podem ser processadas manualmente em um mapa base ou digitalmente, fazendo o download do software de mapeamento em um computador.

Esta Unidade explica como funciona o GPS. Também dá uma visão geral dos diferentes tipos de receptores GPS e fatores a considerar na escolha de um receptor GPS apropriado para determinado projeto de mapeamento. O GPS tem dado origem a novas tecnologias, tais como smartphones com recursos de GPS.

Esta Unidade abrange a forma de utilizar um receptor GPS em campo, como projetar e realizar uma pesquisa de campo e como armazenar os dados. Em seguida, analisa o CyberTracker –– software que pode ser personalizado e usado em um smartphone ou computador de mão e conectado a um GPS para registrar as observações georreferenciadas em campo.

Embora os dados do GPS sejam comum e eficientemente transferidos diretamente para um computador, esta Unidade destaca técnicas manuais para gravação e organização dos dados de GPS. Os envolvidos no mapeamento devem sempre ser capazes de lidar com os dados do GPS manualmente porque, sendo capazes de esclarecer o sistema e de onde os dados vieram, eles demonstram compreensão e transparência.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL

3 – TIPOS DE RECEPTORES GPS

3.1 – GPS com qualidade de lazer

3.2 – GPS com qualidade de mapeamento

3.3 – GPS com qualidade de levantamento

3.4 – Melhorias à vista

4 – SMARTPHONES COM GPS

4.1 – Vantagens do A-GPS ou Navegação Smartphone

4.2 – Desvantagens do A-GPS ou Navegação Smartphone

5 – ESCOLHA DE UM RECEPTOR GPS

6 – EXATIDÃO DO GPS

6.1 – Erro no Sistema – Fatores Incontroláveis

6.2 – Configuração de satélite – fator controlável

6.3 – Sinais refletidos ou com trajetórias múltiplas – Fator controlável

7 – AJUSTE DE UM RECEPTOR GPS PARA A ÁREA LOCAL

8 – USO DO RECEPTOR GPS EM CAMPO

8.1 – Início

8.2 – Leitura do receptor GPS

8.3 – Marcando waypoints no aparelho de GPS

8.4 – Registor de coordenadas GPS em um caderno de anotações

8.5 – Marcação de trilhas de waypoint

8.6 – Lidando com a má visibilidade de satélite

9 – CONCEPÇÃO DE UM LEVANTAMENTO GPS

10 – PLOTAGEM DE DADOS GPS

10.1 – Plotagem manual de dados GPS

10.1.1 – Encontrando coordenadas de latitude e longitude em um mapa

10.1.2 – Localização de coordenadas UTM em um mapa

10.2 – Plotagem de dados GPS no computador

11 – CYBERTRACKER

11.1 – Criação do seu Banco de Dados

11.2 – Visualização de dados

11.3 – Mapeamento de funções

Componentes da Unidade

 Mapeamento com GPS

Introdução

Esta apostila fornece uma visão geral do processo e dos vários métodos de reunião de dados geográficos para fazer um mapa em escala. Existem várias maneiras pelas quais podem ser feitas mapas de escala, o método depende de você ter optado por trabalhar com dados digitais ou escritos, que por sua vez afeta se os mapas são elaborados por computador ou à mão. Os mapas em escala podem ser desenhados em papel branco usando dados da pesquisa de campo com GPS ou bússola ou desenhados utilizando a estrutura de um mapa base em escala. Mapas em escala podem ser desenhados à mão em papel sobreposto ou os dados de campo podem ser digitalizados e o mapa desenhado no computador. Os princípios de base cartográfica são os mesmos trabalhando com mapas em papel ou com dados digitais no computador. Esta unidade fornece uma visão geral do processo lógico de organização e compilação dos dados e elaboração de um mapa, com o foco em mapas de papel.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – CONFECÇÃO DE MAPAS EM ESCALA UMA INTRODUÇÃO

2.1 – Mapas elaborados a mão

2.2 – Mapas elaborados no computador

3 – ORGANIZAÇÃO DOS DADOS DO MAPA

3.1 – Dados topográficos plotados manualmente

3.2 – Dados digitais do levantamento

3.3 – Mapas de campo e desenho de mapas

3.4 – Mapas temáticos de outras fontes

4 – PROJETANDO UMA SÉRIE DE MAPAS TEMÁTICOS

5 – DESENHO A PARTIR DE UM MAPA BASE

6 – ELABORAÇÃO DE MAPAS EM ESCALA A PARTIR DO ZERO

7 – VERIFICAÇÃO PELA COMUNIDADE

8 – ELEMENTOS EM UM MAPA EM ESCALA

8.1 – Lista de verificação dos elementos essenciais do mapa

8.2 – Notação opcional do mapa

9 – DOCUMENTAÇÃO DE ORIGEM DE DADOS

9.1 – Documentação essencial do mapa

9.2 – Documentação dos Metadados

Componentes da Unidade

 Desenho e produção de mapas em escala

Introdução

Essa unidade foi criada para introduzir aos alunos o conceito da Modelagem Participativa 3D (MP3D), em que os modelos físicos de um território são usados para facilitar a articulação e a visualização de mapas mentais por detentores do conhecimento locais.

A MP3D foi concebida como um método para trazer o potencial de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para mais perto das comunidades locais, e construir uma ponte entre os conhecimentos locais e as tecnologias de informação geográfica.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – O USO DE INFORMAÇÕES GEOREFERENCIAIS

3 – MODELAGEM 3D PARTICIPATIVA

4 – DISTRIBUIÇÃO DE EXERCÍCIOS DE MP3D PELO MUNDO

Componentes da Unidade

 Introdução à Modelagem 3D

Introdução

Esta Unidade permite que o aluno organize um processo para a expressão do conhecimento local (tanto explícito quanto tácito) e transformá-lo em legenda estruturada antes da confecção de mapas. A unidade descreve como desenvolver uma legenda por meio de conversas entre os detentores do conhecimento local e os portadores da cultura. É dada atenção à vinculação das informações localmente obtidas com o sistema de codificação, que é posteriormente aplicado ao mapa ou modelo 3D. A Unidade também oferece dicas sobre bons métodos para criar terminologia da legenda.

As técnicas descritas abaixo se referem à Modelagem Participativa 3D (MP3D). Qualquer método de mapeamento participativo exige uma boa técnica para o desenvolvimento da legenda que se baseie no conhecimento cultural local e forneça uma chave para que as pessoas de fora entendam os rótulos e os nomes dos elementos da paisagem.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – REVELANDO A ECOLOGIA SOCIAL

3 – A IMPORTÂNCIA DA CRIAÇÃO DA LEGENDA

3.1 – Desenvolvimento da legenda

3.2 – Realização das conversas

4 – DESAFIOS LINGUÍSTICOS

5 – DIVERSIDADE ENTRE OS DETENTORES DO CONHECIMENTO

5.1 – Gênero

5.2 – Idosos e jovens

5.3 – Portadores de conhecimentos especiais

6 – SÍMBOLOS E ATRIBUTOS

6.1 – Áreas/polígonos

6.2 – Linhas

6.3 – Pontos

6.4 – Topónimos

Componentes da Unidade

  Preparação da Legenda do Mapa

 

Introdução

A fabricação de um modelo tridimensional (3D) é uma tarefa exigente que requer um planejamento preciso e uma preparação logística. Essa apostila resume o processo, desde os trabalhos preparatórios na fase em que os detentores do conhecimento local constroem seus mapas sobre o modelo 3D em branco.

A Unidade M08U04 trata da extração de dados, enquanto o Módulo M11 trata da digitalização e da conversão de dados em um formato de mapa.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – TRABALHOS PREPARATÓRIOS

2.1 – Selecionando a Área

2.2 – Logística

2.3 – Dados Secundários

2.4 – Identificando a Escala do Mapa

2.5 – Preparando o mapa base

2.6 – Guia de Referência Rápida

2.7 – Aquisição de Materiais

2.8 – Símbolos do Mapa

2.9 – Materiais de Construção

3 – MONTANDO O MODELO

3.1 – Orientando os Participantes

3.2 – Mesa Base

3.3 – Organizando o Trabalho

3.4 – O Modelo em 3D “Em Branco”

4 – PREENCHENDO O MODELO EM BRANCO

4.1 – Participação

4.2 – Orientando os Participantes Principais e Atualizando a Legenda

4.3 – Representando Mapas Mentais

Componentes da Unidade

  Modelagem Participativa 3D Prática
 Suprimentos Necessários para o Mapa 3D

Introdução

Esta unidade orienta os alunos sobre o processo de extração de dados a partir de um modelo tridimensional (3D), usando a fotografia digital e preparar os dados para importação em um ambiente de Sistema de Informação Geográfica (SIG), por georreferenciamento.

Os dados de um modelo 3D podem ser capturados e transferidos para um SIG. Durante a transferência de dados de um meio para o outro, é importante minimizar a perda de dados ou o georreferenciamento incorreto. Aqueles que extraírem os dados devem estar completamente familiarizados com os atributos descritos na legenda do mapa (ou seja, a escala, símbolos e denominações associadas).

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – CAPTURA DE DADOS VIA FOTOGRAFIA DIGITAL

2.1 – Preparação do modelo para a extração de dados

2.2 – Extraindo os dados com fotografia digital

3 – FOTOGRAFIAS DE GEORREFERENCIAMENTO

3.1 – Preparação para a digitalização na tela

3.2 – Procedimento de georreferenciamento

Componentes da Unidade

Captura e Georreferenciamento de Dados de um Modelo 3D

Introdução

O crescimento recente da disponibilidade e acesso a modernas Tecnologias de Informação Espacial (TIEs) – Sistema de Informação Geográfica (SIG), sistema global de posicionamento de baixo custo (GPS), software de análise de imagem de sensoriamento remoto – começou a fazer com que o poder associado ao registro e controle do espaço se tornasse acessível não somente aos mapeadores financiados pelo Estado, mas também àqueles tradicionalmente desabilitados pelos mapas. A adoção da cartografia científica como único conhecimento válido bem como a vigência do monopólio estatal de sua produção eliminaram o povo, especialmente os povos indígenas, do mapeamento (Brealey, 1995, Winnichakull, 1994, Escobar, 1997). Começando a usar mapas científicos para comunicarem-se com o Estado, estes povos marginalizados estão buscando assegurar sua existência.

Simultaneamente à difusão da atividade de mapeamento, as iniciativas de gestão de recursos em base comunitária ampliaram a agenda do desenvolvimento participativo nos níveis nacionais e internacional. Pesquisadores e ativistas sublinham o mérito das abordagens participativas no fortalecimento de valores democráticos, independentemente de seus resultados específicos (Checkoway, 1995, Lowry et alii., 1997). A participação ajuda a resolver problemas à medida em que abre novos caminhos para os cidadãos levantarem questões. Isto inclui a capacitação, a mudança de relações com os que estão no poder e a promoção de aprendizado, trazendo novas informações e perspectivas. O mapeamento participativo com base nas comunidades é visto como extensão lógica do repertório de estratégias de capacitação para o fortalecimento das comunidades locais.

As tecnologias de informação espacial habilitam as comunidades a fazer mapas de suas terras e do uso de seus recursos, assim como para afirmar a legitimidade de seus direitos tradicionais sobre recursos, apropriando-se das técnicas e modos de representação do Estado (Peluso, 1995). Ao longo das últimas décadas o mapeamento participativo levou à demarcação e à assinatura bem sucedida de tratados sobre terras reivindicadas (p. ex. em Niga´a); compensação por perda de terras (para indígenas norte-americanos, Maori); e formação de territórios e governos indígenas (por exemplo, em Nunavut). As evidências do poder desta tecnologia contrabalançar a autoridade das agências governamentais de mapeamento foi claramente demonstrada no estado malaio de Sarawak onde um decreto foi introduzido no aparato jurídico estatal para regular as atividades de fiscalização da terra e declarar ilegais as iniciativas comunitárias de mapeamento (Urit, 2001).

Ademais, a ampla adoção das tecnologias de informação espacial em nível local não são limitadas aos objetivos intencionais. Entre as conseqüências imprevistas encontraremos os conflitos no interior e entre comunidades (Sirait, 1994, Pole, 1995, Sterrit et alii. 1998), a perda de concepções de espaço próprias aos indígenas e crescente privatização de terras (Fox, 2002) e a crescente regulação e cooptação por parte do Estado (Urit, 2001). Consequentemente, as tecnologias de mapeamento são vistas simultaneamente como capazes de fortalecer e de marginalizar comunidades indígenas (Harris e Wiener, 1998). Pesquisadores que trabalham no âmbito da Iniciativa de Pesquisa 19 e do NCGIA argumentam que as técnicas de SIG privilegiam “formas e concepções particulares de conhecimento, aprendizagem e linguagem” e que o desenvolvimento histórico destas tecnologias leva a “níveis diferenciais de acesso à informação” (Mark et alii, n.d.). Rundstrom (1995) sugere que o SIG é incompatível com os sistemas indígenas de conhecimento e pode separar as comunidades que possuem conhecimento (o “caráter emergente” das interações homem ambiente com base em valores) da informação (o “produto” da aplicação do SIG).

Existem pois tensões entre os novos padrões de fortalecimento dos atores gerados através das tecnologias de informação espacial e as ramificações sociais, políticas, econômicas e éticas mais amplas das tecnologias. Até aqui, a maior parte das pesquisas sobre as implicações sociais e éticas das tecnologias de informação espacial foram desenvolvidas na América do Norte. É urgente a necessidade de examinar as implicações destas tecnologias nos espaços rurais e áreas indígenas, particularmente nos países menos desenvolvidos. Como as ferramentas e instrumentos reunidos sob a rubrica das tecnologias de informação espacial não foram originalmente produzidas e desenvolvidas nos países menos desenvolvidos ou para grupos marginalizados, temos por hipótese que será nesses países e junto a esses grupos que as tensões associadas às tecnologias de informação espacial tenderão a ser mais visíveis e potencialmente severas.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – FERRAMENTAS, TECNOLOGIAS E EFEITOS PARADOXAIS

3 – OS ACHADOS DA DISCUSSÃO

4 – ENVOLVIMENTO E FORTALECIMENTO

5 – IMPACTOS NOS VALORES DAS COMUNIDADES

6 – TIES E ONGS

Componentes da Unidade

 O Poder de Mapear – Efeitos Paradoxais das Tecnologias de Informação Espacial

Introdução

O sensoriamento remoto é aplicado em muitos campos, incluindo, entre outros, arquitetura, arqueologia, medicina, controle de qualidade industrial, robótica e mapeamento extraterrestre. Este Módulo, no entanto, centra-se na observação da Terra a partir de plataformas aéreas ou espaciais.

Esta Unidade proporciona ao público não especializado uma apresentação do sensoriamento remoto. Fotos aéreas e imagens de satélite são apresentadas, explicando o processo técnico de obtenção de imagens úteis para o mapeamento. O foco está em imagens de satélite, embora observações sobre fotografia aérea também sejam fornecidas. Esta Unidade conclui listando e comentando alguns dos satélites (plataformas) mais comuns utilizados como fontes de imagens de sensoriamento remoto e as características das suas imagens.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – O QUE É SENSORIAMENTO REMOTO?

3 – INTRODUÇÃO A FOTOGRAFIA AÉREA

4 – INTRODUÇÃO ÀS IMAGENS DE SATÉLITE

5 – VISÃO GERAL DOS SENSORES ESPACIAIS MAIS USADOS

Componentes da Unidade

Introdução a Imagens de Sensoriamento Remoto

 

Introdução

A fim de selecionar os dados geográficos adequados, é necessário considerar as exigências de informação de aplicações específicas e o propósito do mapeamento. Uma vez que as exigências de dados tenham sido determinadas, a disponibilidade, acessibilidade e custos dos dados devem ser pesquisados.

Esta Unidade proporciona aos alunos conhecimentos básicos sobre como obter dados de observação da Terra. Começa com uma descrição dos critérios de seleção de dados e, em seguida, discute a disponibilidade e o custo das imagens. A lista das fontes on-line recomendadas de imagens é fornecida como um recurso adicional nesta Unidade.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – CRITÉRIOS DE SELEÇÃO DE DADOS

3 – DISPONIBILIDADE E CUSTO

3.1 – Imagens pré-processadas

3.2 – Referenciamento de Imagens para o Sistema de Coordenadas

4 – FONTES DE IMAGENS

Componentes da Unidade

Obtenção de Imagens de Sensoriamento Remoto

Introdução

A interpretação visual de fotografias aéreas e imagens de satélite é baseada na nossa capacidade de relacionar cores e padrões em uma imagem às características do mundo real. As imagens podem ser interpretadas sendo exibidas em um monitor de computador ou em forma impressa.

Este documento oferece uma introdução à interpretação da imagem visual. Ele explica os fundamentos de interpretação e mostra como reconhecer os principais elementos das imagens. Dá dicas práticas sobre a escala dos mapas e imagens, e a relevância do trabalho de campo para a interpretação de imagens.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – INTERPRETAÇÃO DE IMAGEM

3 – FUNDAMENTOS DA INTERPRETAÇÃO

4 – ELEMENTOS DE INTERPRETAÇÃO

5 – MAPEAMENTO COM IMAGENS

6 – ESCALA ADEQUADA

7 – TRABALHO DE CAMPO

8 – ASPECTOS QUALITATIVOS

Componentes da Unidade

 Interpretação de Fotografias Aéreas e Imagens de Satélite

Introdução

O propósito da iniciativa de mapeamento influencia que tipo de imagem de sensoriamento remoto é necessário. A escolha está relacionada com a quantidade de detalhes necessários e a escala desejada. Quando são usadas fotografias aéreas ou imagens “cor verdadeira”, não é preciso muita familiarização. Quando são usadas imagens com falsa cor ou pseudocor, é importante saber o que a cor representa. O mapeamento pode ser feito diretamente na imagem ou nas sobreposições transparentes.

Este documento lida com imagens de sensoriamento remoto, e se concentra no mapeamento com composições de falsa cor e em imagens de maior escala. A utilidade de diferentes imagens em falsa cor e cor verdadeira é explicada. Também, dicas práticas são fornecidas sobre como fazer o mapeamento usando imagens de satélite e fotografias aéreas em grande escala.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – OBJETIVO E MÉTODO

3 – QUE IMAGEM DE SATÉLITE É ADEQUADA PARA O OBJETIVO?

4 – FAMILIARIZAÇÃO

5 – DESENHAR DIRETAMENTE SOBRE AS IMAGENS OU USAR SOBREPOSIÇÕES

6 – QUESTÕES DE ESCALA

7 – CONHECIMENTO ESPACIAL LOCAL

Componentes da Unidade

 Uso de Imagens de Sensoriamento Remoto

Introdução

Desde 1995, comunidades locais e organizações que trabalham com comunidades têm aumentado o seu interesse no uso de Sistemas de Informação Geográfica (SIG). Como resultado, o uso dos SIG evoluiu de um processo que tradicionalmente era praticada apenas por especialistas altamente treinados para um processo com uma capacidade aumentada de ser usado por, e em nome de comunidades locais e pessoas marginalizadas. Essa mudança levou ao desenvolvimento de uma comunidade de prática que é referido como SIG Participativo (SPIG).

Visto que os SIG podem gerar, gerenciar, analisar e comunicar informação geográfica, essas ferramentas tornaram-se um canal importante para documentar, expressar, apresentar e proteger o conhecimento territorial local, incluindo informações relacionadas ao uso do solo e definição de território. No entanto, a fim de perceber os benefícios dos SIG, como um mecanismo para o fortalecimento e representação das comunidades, facilitadores e membros da comunidade devem compreender as capacidades dessas tecnologias.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – O QUE É SIG?

3 – REPRESENTAÇÃO DE DADOS

4 – CAMADAS DE DADOS

5 – QUANTUM GIS

5.1 – A interface gráfica do usuário (GUI)

5.2 – A barra de ferramentas

6 – MAPEAMENTO PARTICIPATIVO E SIG

7 – GPS

Componentes da Unidade

 Introdução aos SIG

Introdução

Mapas apresentam uma representação intuitiva da informação geográfica de uma maneira fácil de entender. Os dados geoespaciais apresentados usando Sistemas de Informação Geográfica ((SIG)) podem comunicar eficazmente fenômenos e ideias geográficos e podem, portanto, iniciar e reforçar o diálogo. Isto é parcialmente devido a que os seres humanos são mais bem preparados para reconhecer padrões e relações territoriais visualmente do que para ouvir ou ler sobre eles.

SIG e mapeamento, em geral, tentam comunicar informações geográficas que podem ocorrer em uma escala muito grande, ou que podem ser demasiado complexas para que as pessoas as reconheçam em seu ambiente imediato. Usando mapas, torna-se possível começar a fazer conexões entre os tipos de informações, ou conjuntos de dados, e os ambientes geográficos e sociais em que eles existem. Estas representações podem ser usadas para uma variedade de propósitos, como a compreensão de fenômenos geográficos em uma área ampla, a gestão de infraestrutura, a análise das características da população ou a determinação da adequação dos objetivos de planejamento.

A fim de melhor representar os dados, uma série de opções deve ser considerada para exibir as informações.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – EXIBINDO DADOS

2.1 – Dados de varredura

2.2 – Dados Vetoriais

3 – REVISITANDO A CAMADA

4 – CONFIABILIDADE DOS DADOS

5 – GERENCIAMENTO DE BANCO DE DADOS

5.1 – Dados geográficos

5.2 – Dados de Atributos

6 – TIPOS DE MAPA

6.1 – Fotos aéreas

6.2 – Mapas lineares

6.3 – Mapas topográficos

6.4 – Mapas tridimensionais

7 – SÍMBOLOS

Componentes da Unidade

 Visualização das Informações e Relações Geográficas

Introdução

Esta Unidade explora algumas funções básicas dos Sistemas de Informação Geográfica ((SIG)) e operações de análise e familiariza os praticantes com as diversas maneiras como estas ferramentas podem ser usadas em um projeto de mapeamento. Ao compreender os tipos de funções e análises que podem ser realizados com os SIG, os praticantes e membros da comunidade estarão melhor preparados para decidir sobre como empregar as ferramentas. Embora os SIG possam realizar muitas funções diferentes e, por vezes, complexas, esta Unidade apresenta um pequeno número de operações de SIG que provavelmente serão úteis para o mapeamento da comunidade.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – CRIAÇÃO E GESTÃO DE DADOS

2.1 – Escaneamento e digitalização de mapa

2.2 – Sistemas de coordenadas

2.3 – Projeções Cartográficas

2.4 – Georreferenciamento

2.5 – Aplicação de atributos

2.6 – Rotulagem de características

2.7 – Edição de camadas de dados

3 – CONSULTA

3.1 – Procurar por localização

3.2 – Procura por atributo

4 – ANÁLISE TERRITORIAL

4.1 – Sobreposições de mapas

4.2 – Conexões territoriais

4.3 – Mapeamento coroplético

4.4 – Buffering

5 – GPS PARA USO COM SIG

Componentes da Unidade

 Funções Básicas dos Sistemas de Informação Geográfica

Introdução

A digitalização refere-se ao processo de conversão de um mapa em papel (ou outro meio físico) em formato digital para que possa ser incorporado a um Sistema de Informação Geográfica (SIG). Este processo de conversão de dados também é conhecido como a geocodificação. A digitalização pode ocorrer por:

Escaneamento do mapa de papel utilizando um escâner digital;
digitalização manual do mapa usando uma mesa digitalizadora (estas primeiras duas opções são discutidas na Unidade M11U03);
capturando ou adicionando informações de/para um mapa ou uma imagem escaneada pelo processo de digitalização na tela.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – DIGITALIZAÇÃO NA TELA

Componentes da Unidade

 Digitalização na Tela

Introdução

Esta unidade introduz as noções básicas de cartografia na Internet para os alunos, incluindo os proveitos possíveis para comunidades que usam mapas on-line existentes, e os modos como os mapas on-line podem ser utilizados. Os leitores poderão se familiarizar com a situação das tecnologias fundamentais e com o mapeamento baseado na Web.

Serão revistas ferramentas de mapeamento on-line como o Google Maps, o Google Earth, o Google SketchUp, o Wikimapia, o NASA World Wind, os Álbuns da Web do Picasa e o YouTube e se fará uma breve demonstração de como essas ferramentas podem ser utilizadas. Serão apresentados, exemplos de como estas tecnologias estão sendo utilizadas atualmente (por exemplo, mapeamento de mashups) e os alunos discutirão os motivos que levam os cartógrafos a quererem empregar ferramentas baseadas na Web.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – A GEOWEB

3 – WEB 2.0

4 – USANDO A INTERNET PARA AUMENTAR A PARTICIPAÇÃO COMUNITÁRIA

5 – PORQUE MAPEAMENTO BASEADO NA INTERNET?

6 – CAPACIDADES DA GEOWEB

6.1 – Criando e Modificando Conteúdo Virtual

6.2 – Mashup

7 – APLICATIVOS GEOWEB

7.1 – Google Maps

7.2 – Google Earth

7.3 – Google SketchUp

7.4 – Wikimapia

7.5 – NASA World Wind

7.6 – Álbuns da Web do Picasa

7.7 – YouTube

Componentes da Unidade

 Noções Básicas de Mapeamento Baseado na Internet

Introdução

Esta unidade está centrada na escolha de ferramentas, recursos e dados a serem utilizados para um projeto de mapeamento baseado na Internet. Os alunos são orientados ao longo do processo de encontrar e selecionar os aplicativos mais adequados da Web, utilizando dados que estão disponíveis gratuitamente na Internet. Isso inclui a localização e o acesso a mapas digitais e a outras imagens relevantes.

A Unidade demonstra como criar um mapa para que os alunos possam se familiarizar com as ferramentas e processos disponíveis no momento da redação desta unidade (maio de 2009). Eles são instruídos a incluir seus próprios dados, ou dados que foram criados ou foram apresentados por membros da comunidade, em mapas usando a GeoWeb. Serão demonstradas várias maneiras de integrar os dados em mapas on-line.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – ESCOLHA DAS FERRAMENTAS CORRETAS PARA MAPAS BASEADOS NA INTERNET

3 – ENCONTRANDO APLICATIVOS NA WEB

4 – RECUPERAÇÃO DE DADOS

5 – INCLUSÃO DE DADOS GERADOS POR USUÁRIO

6 – CRIAÇÃO E MANUTENÇÃO DO MAPA

7 – CRIAÇÃO DE UM GOOGLE MAP

7.1 – Criando Pinos Personalizados

7.2 – Desenho de linhas e formas

7.3 – Adição de texto

7.4 – Adição de fotos

7.5 – Adição de vídeos

7.6 – Visualização do mapa no Google Earth

7.7 – Exibição do Mapa

Componentes da Unidade

 Criação de um Mapa Baseado na Internet

Introdução

Embora o mapeamento baseado na Internet possa ser uma maneira eficaz e barata de documentar e apresentar o conhecimento territorial da comunidade há riscos e limitações deste método que os membros da comunidade e profissionais precisam saber antes de investir no desenvolvimento do sistema. Conscientes de algumas das limitações, os criadores de mapas podem atenuar os problemas em potencial antes que eles ocorram. Esta unidade aborda os riscos e limitações específicos relacionados ao mapeamento baseado na Internet que estão associados ao compartilhamento de conhecimentos geográficos através da Internet.

Os tópicos incluem questões de representação, a melhor forma de simbolizar uma ideia ou um conjunto de crenças no âmbito das tecnologias disponíveis e como proteger estas informações, uma vez que são apresentadas na Web. É tratada a questão de como controlar a disseminação, incluindo quem tem acesso aos mapas, uma vez que estes foram criados, e quem tem o direito de adicionar ou modificar dados (por exemplo, os membros da comunidade, facilitadores etc.).

A discussão segue em termos de propriedade intelectual e de como isso se relaciona com o mapeamento por meio da Web. As limitações associadas a este tipo de mapeamento pela Internet são elaboradas em cima disso, incluindo a capacidade de ferramentas da Web para representar adequadamente o conhecimento local, as limitações associadas ao uso de tecnologias que estão em constante evolução e o acesso às ferramentas necessárias para criar esses mapas.

Veja também alguns estudos de caso no Exercício incluído nesta unidade.

Índice

1 – INTRODUÇÃO

2 – O CUSTO DE USAR DADOS DISPONÍVEIS NA INTERNET

3 – REPRESENTANDO PERSPECTIVAS LOCAIS

3.1 – O risco de exclusão

3.2 – Tecnocracia

4 – GESTÃO DA ATUALIZAÇÃO DE UM MAPA NA INTERNET

5 – PROTEÇÃO DE INFORMAÇÃO ON-LINE

5.1 – Divulgação

5.2 – Lidando com conteúdos ofensivos

6 – DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL

Componentes da Unidade

 Riscos e Limites do Mapeamento Baseado na Internet

Vídeos

01 - Mapas da Gente

Duração 9:39

Uso recomendado: O vídeo pode servir como informação introdutória no processo de formação para o mapeamento comunitário.

Este vídeo mostra a importância do mapeamento comunitário para a visibilização das comunidades tradicionais na Amazônia. Trata das experiências de mapeamento como uma forma de enxergar melhor o conjunto do território: limites, tipos de ocupação, infraestrutura social, etc. Mostra também a importância de sistematizar essas informações territoriais como ferramenta em conflitos e ações judiciais, bem como em ações de planejamento do uso do território por parte das comunidades.

02 - Uma Cartografia da Memória

Duração 9:39

Uso recomendado: O vídeo pode servir como informação introdutória no processo de formação para o mapeamento comunitário.

Este vídeo mostra a importância do mapeamento comunitário para a visibilização das comunidades tradicionais na Amazônia. Trata das experiências de mapeamento como uma forma de enxergar melhor o conjunto do território: limites, tipos de ocupação, infraestrutura social, etc. Mostra também a importância de sistematizar essas informações territoriais como ferramenta em conflitos e ações judiciais, bem como em ações de planejamento do uso do território por parte das comunidades.

03 - Amazônia uma Nova Cartografia

Duração 13:11

Uso recomendado: Este vídeo pode ser usado como exemplificação de experiências de mapeamento que reúnem várias comunidades.

Este vídeo mostra a união de várias comunidades tradicionais em torno a um processo de mapeamento comunitário em comunidades do Assentamento Agroextrativista do Lago Grande, da Gleba Nova Olinda e de Quilombolas de Santarém. Ele evidencia a importância do mapeamento comunitário dos territórios com suas populações, limites, recursos e conflitos; na defesa dos direitos tradicionalmente adquiridos e ameaçados pelo agronegócio, os fazendeiros, grileiros e até por instituições estatais.

04 - Introdução à Gestão e Comunicação de Informação Espacial

Duração 2:26

Uso recomendado: Este vídeo serve como introdução ao processo de mapeamento comunitário.

O vídeo faz uma introdução ao mapeamento comunitário manifestando a importância que ele tem ao pôr as comunidades no centro dos processos políticos, no centro dos processos decisórios importantes para elas próprias. O mapeamento comunitário mostra-se assim como um meio das comunidades tradicionais expressarem sua historia, seu conhecimento e seu espaço, na sua própria língua expressa em mapas, com vistas a uma ação estratégica em defesa dos seus direitos.

05 - Mapeando o Espaço Histórico-Cultural do Povo Yanesha, Peru

Duração 13:11

Uso recomendado: O vídeo pode servir como exemplo no uso da ferramenta de mapeamento mediante Sistemas de Informação Geográfica (SIG).

O vídeo mostra o processo de mapeamento comunitário do Povo Yanesha no Peru, recuperação histórica e cultural para levar adiante reivindicações territoriais. No processo foi usada a técnica de Sistemas de Informação Geográfica (SIG) para o mapeamento dos elementos do território, bem como de lugares significativos para o desenvolvimento da cultura do povo Yanesha.

06 - Localização, Participação e Comunicação. Uma Introdução às Praticas de SIG

Duração 26:20

Uso recomendado: Vídeo útil para ilustrar as formas de uso da técnica de SIG no mapeamento comunitário.

Este vídeo apresenta uma introdução às práticas de SIG para o mapeamento comunitário. Na primeira parte, apresenta uma breve história do surgimento dos mapas e da existência de outras linguagens de comunicação das informações espaciais, diferentes das tradicionalmente usadas pelas comunidades. Em seguida, o vídeo mostra o processo de incorporação das tecnologias SIG por parte de algumas comunidades e põe ênfase na importância da decisão autônoma das comunidades para se envolverem em processos de mapeamento. Por fim, o vídeo mostra o percurso de um processo de mapeamento contendo três fases: planejamento, criação do mapa e etapa pós-mapa.

Coletivo de Pesquisa
Desigualdade Ambiental,
Economia e Política

Contato:
henri@ippur.ufrj.br